quinta-feira, 7 de julho de 2011

De noite.

Entrara naquele pub, sentindo os olhares. Das pessoas, dos lados, atrás dela. Seguindo-a. Olhares deles, curtindo suas coxas à mostra. Estava uma baita de uma gostosa naquele vestido. Delas, umas com inveja, outras como os caras, querendo se perder naquelas curvas. Parou se encostando no balcão do bar. Esperou que o garçom terminasse de admirar seu decote para perguntar. Por um nome. Pablo. O nome não pareceu lembrar ninguém. Descreveu o que sabia do tal Pablo. O homem de trás do bar disse se lembrar de ter visto alguém como ele alguns dias ali, mas hoje não era um dia desses, pelo visto. Sem sinal do tal do Pablo.

Continuou parada ali, esperando que ele se aproximasse. Mesmo à distância podia sentir o gosto do álcool na respiração do rapaz. Chegou mais perto dela, costas contra o balcão, tentando parecer confiante, dono da situação. Bobo. Oi, ele disse. Ela respondeu com um sorriso, cativando a investida dele. Falou que a tinha ouvido perguntar pelo Pablo, ela confirmou. Disse então que o conhecia e que poderia ajudá-la se ela assim quisesse. Em outro lugar, longe, dali. Mais reservado, a sós, ele e ela.

Quase não acreditou quando ela aceitou que mulher era aquela? Deliciosa. Saindo com ele daquele pub, pro seu carro. De lá iriam para o apartamento dos pais dele. Vazio, pelo mês, enquanto eles viajavam. Abriria um vinho, um uísque, ou até aquela tequila importada do pai, o que precisasse para conseguir se dar bem com aquela garota. Que garota. Olhou de relance para os peitos que pareciam querer pular do busto do vestido. Puta merda, vai ser gostosa assim lá longe disse para ele mesmo enquanto acelerava. Numa troca de marcha, as costas da mão correram pela coxa gelada. Perguntou se ela estava com frio. Ela disse que um pouco. Deixa que eu vou te esquentar muito, mas só pensou enquanto fechava o vidro.

Estavam chegando ao matadouro.

Pararam. Ele logo se apressou para abrir a porta dela. Não achava que ele soubesse qualquer coisa a respeito de Pablo, mas até que era bonitinho, então, que mal teria? Para ela, nenhum. Subiram o elevador já aos beijos, mãos e apertos. Mordidas. Quase não conseguiu acertar o buraco da porta. Torceu para que fosse melhor de mira do que tinha demonstrado.

No sofá, fez dos desejos dele realidade. Deixou-o sentado, as calçadas abaixadas, a cueca para o lado. Todo o resto em sua boca. Fazia com gosto, e gostava. Pela olhos revirados dele, estava gostando, e como. Gostando, gostando, gozando. Sorria para ele quando disse, minha vez.

Não pensou duas vezes, puxou-a pela mão, andando o mais rápido que a calça envolta dos pés deixava, até seu quarto, sua cama. Antes que pudesse fazer qualquer movimento ela o deitou sobre os lençóis. Fez o vestido subir da altura das coxas até passar pelo torço, até deixá-la nua. Subiu nele, posicionando seu sexo sobre a boca dele. Agarrou as coxas e a bunda dela em seus dedos, com força, tesão e se pós a trabalhar.

Sentindo os movimentos da língua dele, por um momento até sentiu pena do que estava por fazer. Quase um item raro um cara que realmente sabia o que tava fazendo. De 0 a 10, daria um nove para ele. Se fosse para dizer a ele, diria oito, talvez. Só para não deixar que se achasse muito. Que se achasse, o rapaz era realmente bom. Uma delícia. Os movimentos continuaram mais intensos, seu corpo foi arrepiando, as coxas enrijecendo, com tesão. Era realmente uma pena. Gostoso. Correu os dedos, puxando os cabelos dele, excitada. O orgasmo que tomava seu corpo todo. A respiração antes acelerada foi retomando a cadência. Vi os olhos do rapaz sorrindo para ela. Com certeza satisfeito com seu desempenho. Uma pena mesmo. As mãos dela ainda dedilhavam o rosto que a olhava. Carinhosamente. Não mais. Mais rápido do que ele pode acompanhar, segurou seu rosto entre os dedos de unhas esmaltadas. Pressionou de uma vez só os polegares contra os olhos dele. O grito curto sufocado por sua buceta.

Morreu, ali, largado, excitado.

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